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A história do Ar-Condicionado

A história do Ar-Condicionado

Rafael Gutemberg Junior

O Ar-condicionado completou em 2002 cem anos de sua criação.

Em 1902, o engenheiro Willis Carrier, com 25 anos de idade, analisando os problemas de uma indústria gráfica de Nova York em seus processos de impressão, inventou um processo mecânico de condicionamento do ar, onde mais tarde o invento se tornaria precursor de toda a indústria da climatização e controle do conforto ambiental.

Somente em 1914, o uso do controle do clima é usado para fins de conforto, utilizado pela primeira vez em uma residência no estado norte americano de Minnesota. Para se ter uma ideia, o equipamento media 6 metros de profundidade, 1,80 metros de largura e 2,10 metros de altura.

Os anos 20 foram marcantes em relação ao início das utilizações de ar-condicionado, visto que muitas salas de cinemas fechavam devido ao calor excessivo em seu interior.

Nos anos 30, a câmara dos deputados e o senado dos Estados Unidos, a exemplo dos escritórios da Casa Branca, instalam os primeiros equipamentos de ar-condicionado. Todo esse impulso se deu principalmente devido à máquina de refrigeração centrífuga com uso do refrigerante DIELENE, criado também por Carrier, em substituição a amônia.

Nos anos 40 tem-se a introdução de um novo fluído refrigerante, o Freon (criado em 1928 e comercializado somente em 1936), não inflamável e mais apropriado para o uso em equipamentos de menor porte. Ainda assim, o custo do equipamento doméstico não era acessível, passando a ser somente após os anos 50, com a produção em série de unidades em formato de caixas de aço para instalações suspensas, os hoje considerados ultrapassados aparelhos de janela.

No Brasil, a primeira instalação de ar-condicionado que se tem notícia foi em 1909, no City Theater do Rio de Janeiro (Teatro Municipal). Sua capacidade térmica era de aproximadamente 70 TR, onde tudo era construído artesanalmente e o fluído refrigerante utilizados na época era através de compressão de ácido sulforoso. O tempo máximo de operação do sistema era de 4 horas, tempo suficiente para os espetáculos, a partir de então a temperatura começava a subir gradativamente devido a perda de eficiência térmica do fluído, mas mesmo assim conseguia-se um diferencial de temperatura de 10°C em relação ao meio exterior.

No ano de 1965 foi lançado o primeiro equipamento de ar-condicionado no Brasil, pela empresa Coldex. Tratava-se de um equipamento do tipo Self, de 5 TR de capacidade. Na época não havia torre de resfriamento, onde tudo se fabricava em alvenaria para compor o conjunto.

Isto exigia dos engenheiros um estudo e conhecimento técnico apurado para construir o projeto nos mínimos detalhes.

A partir da década de 70, teve-se um grande incremento na área de instalações de sistemas, em função do estabelecimento de empresas estrangeiros no país.

Nos anos 80 a CEBEC, que durante anos dominou o mercado, vem acumulando uma série de problemas e tem sua falência decretada.

Por volta de 1980, começa a ser usada a termoacumulação com estocagem de água e gelo.

Com os anos 90 tem-se a chegada das unidades resfriadoras Chillers, com o surgimento também dos compressores tipo parafuso no lugar do alternativo, chegando em 1994 o primeiro sistema completo por cogeração, com aproveitamento da energia térmica.

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